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FERNANDO GUERRA: «Para onde caminha a liberdade e a democracia?»

Conquistas inalienáveis do 25 de Abril foram sem dúvida e acima de tudo a liberdade e também, entre outras não menos relevantes o poder local democrático. Este, o poder local democrático veio trazer a eleição dos executivos municipais (presidência e vereação) mas também a eleição do órgão fiscalizador que são as Assembleias Municipais. Estas, são sem sombra de dúvidas o órgão mais representativo e muitas vezes o contraponto que pode e deve exigir aos executivos a prestação de contas das suas decisões administrativas, financeiras e políticas.

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Fernando Guerra (Candidato à Assembleia Municipal de Torres Vedras pela CDU e membro da Comissão Concelhia de Torres Vedras do PCP)
Fernando Guerra (Candidato à Assembleia Municipal de Torres Vedras pela CDU e membro da Comissão Concelhia de Torres Vedras do PCP)

No caso de Torres Vedras, e cingindo-nos apenas ao mandato que agora está prestes a terminar, a CDU esteve presente com apenas um deputado municipal, tendo ficado à beira de eleger um segundo. Esta diferença entre um ou mais mandatos de deputados municipais faz toda a diferença, desde logo na atribuição dos tempos de intervenção que apenas é limitado a três minutos com apenas um mandato e que permitindo levantar as questões essenciais impede de confrontar o executivo, nomeadamente a presidente da Câmara com o contraditório.

Apesar de tudo, aqueles mais atentos e que seguiram as sessões da Assembleia Municipal reconhecem (mesmo não tendo votado CDU) o trabalho do deputado da CDU neste mandato como o mais sério e capaz em termos de oposição à maioria instalada no poder local em Torres Vedras vai para meio século.

Na verdade, pautamo-nos como sempre em defender as populações acima de qualquer clubite partidária. É essa a nossa prática baseada sempre no nosso lema de “trabalho, honestidade e competência”.

Em pleno verão estamos quase em pré-campanha eleitoral com a feitura e apresentação das listas concorrentes às próximas autárquicas. Como é natural gostamos e é nossa prática ouvir e auscultar muita gente sobre aquilo que devemos defender a nível autárquico e aquilatarmos sobre a sua disponibilidade em se candidatar e assim poder intervir na vida política do nosso concelho.

Para além daqueles que aceitam sem qualquer rebuço esse desafio, deparamo-nos com situações que nos deixam deveras preocupados sobre a principal conquista do 25 de Abril que é a liberdade. Concretizando: Quando há pessoas que são aliciadas para uma lista em nome do combate contra a extrema-direita, mas ao mesmo tempo ouvimos casos em que pessoas afirmam terem sido obrigadas a serem candidatos(as) sob ameaça que ou pertencem às suas listas ou perdem ou terão o emprego em risco, é caso para estarmos muitíssimo preocupados e nos perguntarmos: “quo vadis “liberdade e democracia?”.

Pela nossa parte cá estaremos, como sempre para dar o nosso melhor em defesa das populações do nosso concelho sem medo, mesmo sabendo que a extrema-direita e os inimigos da liberdade se escondem nos locais mais improváveis e que afinal são mesmo lobos com pele de cordeiro.