EDITORIAL | Novo site do Badaladas já está online
Dos vários comentários que tenho ouvido para manter a sustentabilidade do jornal Badaladas, a maior parte refere a criação de um website, algo que seria uma forma de relançar o jornal, conquistando novos públicos, fidelizando muitos dos atuais e, no fundo, seria um ato de modernidade da publicação.
Ora, a verdade é que o Badaladas já teve dois sites na internet, o primeiro por volta do ano 2000. Portanto, bem na alvorada do digital, antes até do advento das redes sociais. Aliás, o Badaladas sempre esteve na vanguarda das novidades tecnológicas. Lembro que foi dos primeiros jornais regionais do país a criar uma redação profissional, acompanhou a transição da máquina de escrever para o computador exatamente ao mesmo tempo que todos os outros jornais, aderiu às novas técnicas de impressão em offset quando todos os outros também o estavam a fazer e, mais tarde, substituiu todas as máquinas fotográficas analógicas por digitais.
A presença na internet não fugiu a essa tendência. O primeiro website tornou-se obsoleto e foi criado um segundo, com tecnologia mais moderna. Sucede que se juntou o azar a outras circunstâncias mais ou menos evitáveis e esse segundo website fechou. Aconteceu numa altura complicada para o Badaladas e para toda a imprensa em geral e aquilo que parecia fácil, que era ser criada uma nova página na internet em pouco tempo, acabou por durar oito longos anos até que se criassem as condições para o regresso a uma presença no mundo digital.
Oito anos não é muito tempo, mas num ambiente digital, onde as coisas acontecem de forma muito rápida, sobretudo nesta última década, acabou por ser uma eternidade. Em oito anos aconteceu muita coisa, a inteligência artificial (que já existia, mas ganhou uma dimensão extraordinária graças ao ChatGPT), a velocidade de processamento disparou para os 5G, a capacidade das máquinas explodiu, os telemóveis ganharam enormes valências pela portabilidade da informação; as redes sociais passaram a ocupar um espaço primordial na disseminação de mensagens (umas boas e outras nem por isso) e a forma de comunicar transformou-se radicalmente.
Finalmente esta semana o Badaladas passou a ter um novo site, no mesmo endereço (www.badaladas.pt). Passaram oito anos desde o encerramento do último, mas só a trabalhar para este já passaram quase três anos. A produção de um site não é barata e requer investimento, além da capacidade dos recursos humanos, vontade, persistência, trabalho, visão e muitas outras coisas que foi preciso reinventar e readquirir.
O site que passou a estar disponível esta semana não está ainda perfeito. Gostávamos de o apurar ainda sem estar online, mas foi construído com recurso a um financiamento através de um projeto de Incentivo ao Desenvolvimento Digital, no âmbito do Regime de Incentivos do Estado à Comunicação Social 2023. Esse financiamento tem prazos para cumprir e não podíamos esperar mais tempo para o colocar online.
Teremos agora de fazer muitos ajustes, com a vantagem de podermos ter também a opinião dos nossos leitores como instrumento para o melhorar. Há ali ainda muito trabalho para fazer, mas a base está lançada e esperemos que nos traga o tal desenvolvimento que desejamos. Pedimos, obviamente, que os leitores não exijam demasiado deste novo site, que é ainda um bebé, que teremos de cuidar, alimentar e ensinar os caminhos certos.