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Autores torrienses lançam livro “Arandis - Contos e Novelas”

Foi apresentado no dia 14 de junho o livro Arandis – Contos e Novelas, da autoria de três escritores torrienses sobejamente conhecidos e autores de outras obras: Andrade Santos, António Augusto Sales e Luís Filipe Rodrigues. O livro tem coordenação de Hélder Andrade Santos e prefácio e organização de Rui Filipe Hilário, que na sua intervenção referiu-se à obra anterior dos três escritores e, quanto ao livro, explicou que contém sete narrativas inéditas com “pendor ficcional biográfico”.

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Foto: Joaquim Ribeiro
Foto: Joaquim Ribeiro

Fernando Mão de Ferro, das Edições Colibri, elogiou a abundante atividade cultural de Torres Vedras e considerou tratar-se de uma obra de qualidade, que “fica para a história”, atendendo também ao talento dos três escritores. Ana Umbelino, vice-presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, agradeceu aos três escritores por “tornarem a cultura matéria viva e incandescente”.

O livro tem duas novelas do realismo mágico de Andrade Santos, “Degolaram o deputado” e “As borboletas de Orsi”. No seu entender, ambas entrelaçam-se entre si e andam em redor da morte, “uma grande interrogação, sobretudo para os autores ficcionistas”.

António Augusto Sales, que nasceu em Torres Vedras mas saiu em 1964 para abraçar a carreira de publicitário em Lisboa, escreveu “O labirinto da matéria”, um conto que começou por ser um sonho que o fez levantar da cama para tomar notas e mais tarde recuperou esses apontamentos para escrever este texto. O outro conto da sua autoria, “Estação terminal”, é “uma reflexão sobre a consciência da velhice”.

Luís Filipe Rodrigues escreveu três textos, dois contos e uma novela: “Apócrifo”, “A questão da chuva” e “A rapariga do bar”. Segundo o autor, em “Apócrifo” foi usada a técnica narrativa da caixinha chinesa, em que as histórias das duas personagens se encaixam uma na outra, embora nunca se encontrem.