Utentes exigem compromisso formal da autarquia sobre a Estrada Nacional 115-2
A reunião pública descentralizada da Câma ra Municipal de Torres Vedras, realizada na localidade da Sevilheira, no passado dia 29 de julho, ficou marcada pela intervenção do representante da Comissão de Utentes da Estrada Nacional 115-2, José Augusto Carvalho, que apelou a um compromisso formal e vinculativo por parte do executivo municipal para a requalificação daquela via, atualmente classificada como estrada municipal.

Perante a presidente da Câmara, Laura Rodrigues, vereadores e elementos da população, José Augusto Carvalho pediu que o documento apresentado pela autarquia sobre o assunto deixe de ser considerado apenas uma “informação” e passe a ser formalmente votado como “proposta”. Segundo o representante da comissão, “não andarei enganado se afirmar que o executivo, enquanto tal, nunca tomou posição sobre esta matéria”.
A Comissão de Utentes, que já entregou uma petição com centenas de assinaturas, reforçou a importância da estrada para o quotidiano da população das freguesias de Maxial e Monte Redondo, sublinhando os perigos associados ao seu traçado sinuoso e ao trânsito intenso de veículos pesados.
Durante a intervenção, foram também referidos outros casos que, segundo o porta-voz, espelham um alegado desinvestimento na freguesia, nomeadamente a não construção de um centro educativo prometido em 2009, a ausência de requalificação da escola local e a perda recente do serviço de saúde. “A justiça e a equidade não são facultativas, são deveres imperativos”, afirmou.
Em resposta, a presidente da Câmara, Laura Rodrigues, admitiu que não tem “qualquer reserva” em transformar o documento em proposta a ser votada formalmente, desde que haja concordância dos vereadores. “Não altera absolutamente nada do compromisso que está assumido”, afirmou, acrescentando que, do ponto de vista técnico, os serviços entenderam inicialmente que o tema fosse abordado no período antes da ordem do dia, o que ainda permite o seu registo em ata. Relativamente às questões de educação, Laura Rodrigues explicou que nem todas as freguesias possuem equipamentos escolares de 1.º ciclo e que as opções tomadas foram condicionadas pela dimensão do concelho e pelo financiamento disponível. Apontou como exemplo a escola da Silveira, atualmente em fase final de construção, com um investimento superior a sete milhões de euros.
A presidente explicou ainda que, no âmbito da transferência de competências, a escola de Campelos foi a única prioritária definida pelo Ministério da Educação. No entanto, a autarquia poderá vir a recorrer ao Banco Europeu de Investimento para viabilizar requalificações noutras escolas, incluindo a do Maxial.
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