SHN desenvolveu ferramenta inovadora para gestão de coleções paleontológicas

Este tipo de software é aplicado pela primeira vez numa área ainda pouco explorada pelas tecnologias da geoinformação, a paleontologia. Ao serviço da paleontologia nacional e europeia, está disponível para cientistas, investigadores e entidades acreditadas.

Começou a ser desenvolvido em 2010, por André Mano, responsável pelo Departamento de Informação Geográfica da ALT – Sociedade de História Natural, tendo estado também na base da tese de mestrado do investigador.

O SIGAP foi construído de forma a poder ser utilizado por não especialistas em geoinformação e permite georreferenciar as cerca de 320 jazidas paleontológicas dispersas pelo litoral da região Oeste, entre os concelhos de Torres Vedras e Nazaré, de onde provêm os fósseis das coleções que são geridas pela SHN. O sistema congrega toda a informação produzida pela SHN sobre essas jazidas ao longo dos últimos anos, de modo a permitir além da caracterização do acervo paleontológico e a georreferenciação das respetivas jazidas, a possibilidade de otimizar tempo e recursos investidos na sua investigação e valorização, bem como permitir uma atuação mais célere em jazidas em risco de destruição, explicaram os investigadores.

A sessão contou com a presença da vice-presidente da autarquia, Ana Umbelino, Bruno Camilo, presidente da SHN, e Nuno Patrício, responsável pela Divisão de Gestão Urbanística

Antes da apresentação do sistema, por André Mano, o presidente da SHN recordou os “27 anos de gestão do património paleontológico” da associação. A Sociedade de História Natural (SHN) tem à sua guarda uma das maiores coleções de fósseis do Jurássico Superior da Península Ibérica, composta quer por vertebrados quer por invertebrados.