Sétima edição do Festival de Música Antiga vai a aldeias do concelho de Torres Vedras
As localidades de Zibreira (Carvoeira), Ribaldeira (Dois Portos) e Runa irão acolher até ao dia 22 de junho a 7ª edição do Festival de Música Antiga de Torres Vedras. Uma realização da Câmara Municipal que conta com o apoio das paróquias e juntas de freguesia do concelho.

A primeira iniciativa aconteceu já no dia 25 deste mês na igreja do Divino Espírito Santo, em Monte Redondo, que foi o palco escolhido para o «Concerto pela Paz no Mundo» com o Ensemble Corteto e alaudista Tiago Matias, dirigidos pela maestrina Alexandra Fortes. Nele foi oferecida música portuguesa dos séculos XVI, XVII e XVIII de compositores que influenciaram a cultura nacional, sobretudo no período barroco.
O programa segue, entretanto, o seguinte calendário: concerto à luz de velas «Camões, a Diáspora e as Modinhas Luso-Brasileiras» amanhã dia 31, às 21h30, no Palácio Real da Princesa Maria Benedita, em Runa; «Back In the West: as sonatas para viola da Gamba & Cravo» no dia 8 de junho, às 16 horas, na capela da Madre de Deus, na Zibreira (Carvoeira); e «A Missão: Devoção, Sagrado e o Diálogo Inter-Religioso na Diáspora» no dia 22, pelas 16 horas, na igreja de Santa Catarina, na Ribaldeira (Dois Portos).
Após o concerto em Runa será depois organizada uma “visita guiada à noite” com início às 22h30 e uma duração de 30 minutos, que irá percorrer os aposentos da princesa. Dinamizada por Alexandra Ventura e Joaquim Moedas Duarte.
O festival proporcionará ainda atividades complementares como uma oficina de danças antigas no dia 7 de junho às 10 horas na Azenha de Santa Cruz, ministrada pelo músico Carlos Pedro Alves. Um concerto para bebés de música barroca com a flautista Débora Bessa, André Barroso no alaúde e Susana Quaresma no canto e interação. Será no dia 14 das 10 às 11h30 no Espaço Darcos, em Torres Vedras.
Na apresentação do evento, decorrida no claustro da igreja de Nossa Senhora da Graça no passado dia 21, a vereadora Ana Umbelino disse que o mesmo tem por base um “caráter itinerante” e o objetivo de “democratização das artes e da cultura”. Proporcionando em simultâneo a “fruição da música por diferentes comunidades”.
Já o diretor artístico do festival, Daniel Oliveira, justificou que este ano nele se “apelará à paz” e se dará um “especial enfoque” à cultura lusófona. Ou seja, haverá um despertar de “novas emoções” conciliando uma “verdadeira peregrinação” pelo património histórico das aldeias do concelho e a “missão portuguesa”.
Refira-se por último que as entradas são gratuitas mas requerem a apresentação de bilhete, o qual pode ser obtido na BOL, nos postos de turismo da cidade e Santa Cruz, no Teatro Cine, no Museu Municipal e nas juntas de freguesia onde os concertos terão lugar.