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Pediu o Papa Leão XIV no domingo, em Roma: “Procuremos não perder nenhuma ocasião para amar”

O Papa Leão XIV disse no passado domingo, no Vaticano, que as obras de misericórdia são uma marca da identidade católica, sublinhando a importância de promover gestos de amor.

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Imagem ilustrativa: Pediu o Papa Leão XIV no domingo, em Roma: “Procuremos não perder nenhuma ocasião para amar”

“Na família, na paróquia, na escola e nos locais de trabalho, onde quer que estejamos, procuremos não perder nenhuma ocasião para amar. Esta é a vigilância que Jesus nos pede: habituarmo-nos a estar atentos, prontos, sensíveis uns para com os outros, do modo como Ele está connosco em cada momento”, declarou antes da recitação da oração do «Ângelus».

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro o pontífice romano sustentou que as obras de misericórdia são “o banco mais seguro e rentável onde se pode depositar o tesouro da existência. Podemos pensar numa mãe que abraça os seus filhos: não é a pessoa mais bonita e mais rica do mundo? Ou em dois namorados, quando estão juntos: não se sentem um rei e uma rainha?”, exemplificou.

A reflexão partiu de uma passagem do Evangelho de São Lucas, na qual Jesus recomenda: “’Vendei os vossos bens e dai-os de esmola’. Exorta-nos, portanto, a não guardar para nós os dons que Deus nos deu, mas a empregá-los com generosidade para o bem dos outros, especialmente daqueles que mais precisam da nossa ajuda”, explicou Leão XIV.

“Não se trata apenas de partilhar as coisas materiais de que dispomos, mas de colocar à disposição as nossas capacidades, o nosso tempo, o nosso afeto, a nossa presença, a nossa empatia”, acrescentou. O papa afirmou que cada pessoa é, aos olhos de Deus, “um bem único, sem preço, um capital vivo, pulsante, que precisa de ser cultivado e apoiado para poder crescer, caso contrário torna-se árido”.

A intervenção papal alertou ainda para o perigo de deixar a vida transformar-se num “objeto de consumo. O dom de Deus que somos não foi feito para se esgotar assim. Precisa de espaço, de liberdade, de relacionamento para se realizar e se expressar: precisa do amor que transforma e enobrece todos os aspetos da nossa existência, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Deus”, disse.

A reflexão foi concluída com uma oração pela intercessão da Virgem Maria, para que os católicos possam ser, “num mundo marcado por tantas divisões, ‘sentinelas da misericórdia e da paz’ como ensinou São João Paulo II e mostraram de forma tão bela os jovens que vieram a Roma para o jubileu”, assinalou por fim o Papa Leão XIV.