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Patriarca convida novos enfermeiros a serem “próximos dos doentes”

A igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, encheu-se na tarde do passado dia 4 para acolher a cerimónia de bênção das mãos e compromisso dos 75 finalistas da licenciatura em enfermagem da escola de enfermagem da Universidade Católica Portuguesa (UCP). A celebração foi presidida pelo patriarca e magno chanceler da universidade, Dom Rui Valério, e contou com a presença de docentes, familiares e amigos dos novos enfermeiros.

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Imagem ilustrativa: Patriarca convida novos enfermeiros a serem “próximos dos doentes”

O prelado destacou na altura o profundo valor humano e espiritual da vocação do enfermeiro: “Esta bênção de Deus consagra-vos de forma definitiva para uma entrega, dedicação e serviço aos outros, àqueles que são a classe preferida de Deus: os doentes, os frágeis, os vulneráveis. Ser enfermeiro é ser apóstolo da esperança para quem perdeu toda a esperança”.

Inspirando-se na parábola do Bom Samaritano o patriarca evocou depois o papel essencial dos enfermeiros na cura e no cuidado do ser humano ferido. “A missão do enfermeiro é reativar a vida de quem está meio morto e transmitir força interior. Tal como o samaritano parou, aproximou-se e cuidou, também vós, caros enfermeiros, sois chamados a parar, a aproximar-vos e a dar vida àqueles que cuidais”, salientou.

“Por vezes vale mais a vossa proximidade do que todo o saber adquirido. A sociedade quer competência, sim, mas precisa urgentemente de enfermeiros próximos, capazes de compaixão, de sofrer com quem sofre e de se alegrar com quem se alegra”, manifestou Dom Rui, sublinhando também a dignidade da missão profissional dos enfermeiros: “No que fazeis, no que sois, no que dais, vós sois verdadeiramente imagem e semelhança de Cristo, o Bom Samaritano que nos resgata, nos levanta e cura”.

 

Lamparinas, juramento e bênção das mãos

 

A celebração ficou ainda marcada pelo acender das lamparinas, a que se seguiu o juramento de Nightingale, o momento da promessa profissional do enfermeiro. Cada um dos 75 novos enfermeiros, com as suas lamparinas acesas nas mãos, proferiu então esse juramento.

No final o patriarca benzeu as mãos dos 75 finalistas (10 rapazes e 65 raparigas) do curso de licenciatura em enfermagem 2025 da Escola de Enfermagem de Lisboa da UCP. A bênção das mãos é um dos momentos mais simbólicos da formação dos enfermeiros, assinalando o compromisso profissional e ético com o cuidado humano.