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Torreense emite “nota de esclarecimento” sobre relação com a Câmara

O Sport Clube União Torreense emitiu esta terça-feira uma “nota de esclarecimento”, na sequência do comunicado anterior, que transcrevemos na íntegra:

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Foto: SCUT
Foto: SCUT

“Na sequência do comunicado recentemente emitido pelo Sport Clube União Torreense e das reações públicas que se seguiram, importa esclarecer, de forma objetiva e construtiva, o que realmente está em causa.

O SCU Torreense não pediu favores nem subsídios. O que o clube pretende – e entende como justo – é que sejam respeitadas as garantias e entendimentos que, ao longo do tempo e em diferentes momentos de diálogo, foram transmitidos por representantes da Câmara Municipal de Torres Vedras, nomeadamente:

·       A comparticipação nos custos de adaptação do Estádio Municipal Manuel Marques às exigências da 2.ª Liga;

·       Conclusão da comparticipação nos investimentos realizados na edificação dos campos sintéticos de formação, construídos em terreno municipal e com conhecimento e concordância da autarquia;

·       O reconhecimento do investimento na ponte pedonal executada pelo clube – solução relevante para a mobilidade urbana – e a expectativa criada de uma compensação ajustada por essa intervenção.

Estas garantias, foram entendidas pelo clube como compromissos institucionais, assumidos em espírito de cooperação.

No que respeita à prática desportiva em relvado natural, essencial ao desenvolvimento de uma boa formação, o clube tem vindo a garantir soluções fora do concelho, com custos significativos e total responsabilidade assumida pelo SCU Torreense. A solução da Paul, possível graças a um entendimento com o Município, foi positiva, porém o clube assumiu todos os custos de manutenção do relvado, o que se traduz numa transferência de despesa corrente de dezenas de milhares de euros da autarquia para o SCU Torreense.

Para colmatar essa falha, o SCU Torreense apresentou há mais de um ano um projeto para construção de dois campos de treino em relva natural, junto aos Cucos – obra essencial, totalmente suportada pelo clube – que continua a aguardar resposta administrativa por parte do Município.

Mas o problema mais crítico continua a ser o Estádio Municipal Manuel Marques, que se encontra tecnicamente ultrapassado e estruturalmente desadequado à realidade do clube. O relvado foi classificado como um dos piores da 2.ª Liga. E é preciso dizê-lo com clareza: não está à altura do patamar onde o Torreense já se encontra, nem do que ambiciona atingir. Isso não serve o clube, nem a cidade.

Até aqui, tem sido essencialmente o SCU Torreense a garantir, com enorme esforço, a manutenção e as melhorias possíveis desta infraestrutura. Mas é evidente que chegou o momento de um compromisso mais alargado e consequente.

O SCU Torreense é hoje uma referência desportiva nacional. Em poucos anos, a formação cresceu de 200 para 700 atletas, o número de sócios multiplicou-se por dez e os resultados competitivos falam por si: títulos, subidas de divisão, presença inédita em fases finais e troféus históricos.

O clube tem feito a sua parte. E continuará a fazê-la. O que pedimos é simples: visão, respeito institucional e vontade efetiva de caminharmos juntos.

O desporto é mais do que vitórias. É planeamento, é compromisso, é comunidade”.