STAL acusa Promotorres de “manobra de distração e descredibilização”
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) rejeita categoricamente as declarações do presidente do Conselho de Administração, Rui Penetra, ao jornal Badaladas, na edição da semana passada e acusa a administração da Promotorres de recorrer a uma “manobra de distração” e “uma tentativa de descredibilização” da luta dos trabalhadores da empresa municipal.

“O Sindicato nega que tenha aparecido com novas reivindicações, tal como é falso e descontextualizado o facto de a negociação ter chegado ao final”.
Em comunicado enviado ao nosso jornal, o STAL esclarece que as exigências em causa (o subsídio de turno e a consagração da jornada semanal de segunda a sexta-feira) já constavam da proposta inicial de Acordo de Empresa (AE) apresentada por aquela estrutura sindical. “Não se trata, de todo, de novas reivindicações”, frisa o sindicato, sublinhando que os trabalhadores as reafirmaram com clareza nos dois últimos plenários.
Segundo o STAL, esses plenários, enquanto órgãos soberanos, validaram as posições a defender no processo de negociação, cabendo ao sindicato apenas apresentar e sustentar as decisões coletivas dos trabalhadores.
Regulamentos “impostos unilateralmente”
Outra das críticas do sindicato prende-se com as declarações do conselho de administração, que imputou ao STAL uma alegada falta de resposta quanto à aplicação do regulamento interno, das normas de assiduidade e do manual de avaliações.
O sindicato reage afirmando que tais documentos “não foram sequer enviados para análise”, tendo apenas sido apresentados depois de já estarem “aprovados unilateralmente” pelo conselho de administração da Promotorres. Sublinha ainda que esses regulamentos e manual deverão integrar o futuro Acordo de Empresa. “Ora, não havendo ainda AE assinado, não faz qualquer sentido responsabilizar o STAL pela não aplicação de tais normas”, argumenta.
Face a estas declarações, o STAL considera que Rui Penetra lança “afirmações falsas e descontextualizadas”, num movimento que qualifica de “uma pura manobra de distração, com o claro intuito de descredibilizar as legítimas expectativas e justa luta dos trabalhadores que, com reforçada determinação e unidade, os trabalhadores irão prosseguir a luta pela assinatura do Acordo de Empresa”, conclui a nota.