Equipa feminina conquista título inédito para o Torreense
O SCU Torreense conquistou hoje a Taça de Portugal Feminina Generali Tranquilidade, ao bater, esta tarde, no Estádio Nacional, o SL Benfica por 2-1, resultado conseguido no derradeiro minuto do prolongamento da partida.

Trata-se do primeiro título ganho pela equipa de Torres Vedras, orientada por Gonçalo Nunes, na primeira final de sempre do seu historial, que registouum empate a um golo no fim dos 90 minutos regulamentares.
Os golos das vencedoras foram assinados por Janaína Weimer (90+6') e Salomé Prat (120'), enquanto o do SL Benfica teve Cristina Martín-Prieto como protagonista (24').
O SL Benfica entrou bem subido no jogo, a tentar controlar os acontecimentos logo a partir do meio terreno do conjunto de Torres Vedras, condicionando muito a sua saída para o ataque.
Cristina Martín-Prieto, aos cinco minutos, fez a bola passar a linha de golo, mas encontrava-se em posição de fora-de-jogo. A avançada espanhola voltou a fazer perigar a baliza de Janny Belém, quando, ao quarto de hora, rematou cruzado, de fora da área, e fez a bola passar a centímetros do poste direito. Entretanto, já as torreenses haviam sacudido um pouco a pressão inicial das “encarnadas” e, aos 20 minutos, Janaína consegue ganhar posição na área e só uma boa saída de Pauels evitou a inauguração do marcador.
Quatro minutos depois, aproveitando alguma distração defensiva e uma saída algo extemporânea da guardiã adversária, Cristina Martín-Prieto fez o primeiro golo da partida.O conjunto de Gonçalo Nunes tentou reagir, aproveitando as posições mais adiantadas de Janaína e Paloma Lemos, mas o acerto defensivo lisboeta manteve a baliza inviolada até ao intervalo.
A partida reiniciou-se com maior pendor ofensivo do Torreense e Daniuska quase fez o empate, aos 57 minutos, mas Carole Costa opôs-se com êxito ao remate, já sem Pauels na baliza. Foram minutos com sinal mais positivo da equipa em desvantagem no marcador, que por várias vezes se acercou das redes encarnadas. Nomeadamente aos 68 minutos, quando Janaína, na área, rodou sobre si própria e rematou certeira, mas a bola saiu pela linha de fundo, novamente desviada por uma defesa benfiquista. E aos 72 Hayes tentou a sorte à entrada da área, mas fácil para Pauels. Na resposta, Engesvik, que entrara há minutos, pôs à prova a atenção de Janny, que desviou para canto.
Minutos finais muito emotivos e o Benfica podia ter aumentado a vantagem, não fosse a bola saída de cabeçada de Ucheibe ter roçado o poste, por fora, da baliza do Torreense. E já no período de descontos, Salomé Prat quase marcou, não fosse uma excelente defesa de Pauels, após remate desferido desde a zona de penálti. Quem marcou foi Janaína, pouco depois, aproveitando da melhor maneira - cabeçada certeira - uma jogada de insistência do Torreense.
No prolongamento, a fadiga e o receio de errar reduziram consideravelmente o ritmo da partida. Mas a história desta final tendia a escrever-se nos derradeiros momentos de cada parte e foi no último minuto do prolongamento que Salomé Prat lavrou o seu nome da história do emblema de Torres Vedras.