Saltar para o conteúdo principal

Encerramento das piscinas do Vimeiro e das termas da Maceira gera debate na Assembleia Municipal

O encerramento prolongado das piscinas do Vimeiro e das termas da Maceira voltou a ser tema de debate na última reunião da Assembleia Municipal de Torres Vedras, realizada no passado dia 24 de junho. O deputado Francisco Corvelo, da bancada da CDU, levantou sérias preocupações quanto à degradação e abandono destas infraestruturas com valor histórico, turístico e terapêutico para o concelho.

2 min de leitura
Imagem ilustrativa: Encerramento das piscinas do Vimeiro e das termas da Maceira gera debate na Assembleia Municipal

Segundo o comunista, após uma visita recente aos dois equipamentos encerrados, foi-lhe transmitido que as piscinas se encontram fechadas por não poderem utilizar a água termal própria, situação que considerou “incompreensível”, sobretudo porque a água da rede pública nem sequer chega ao local. O deputado lamentou ainda a falta de intervenção municipal mais firme para garantir a reabertura das estruturas, apontando o exemplo de outras câmaras municipais que apoiam ativamente a exploração de termas, mesmo sendo privadas.

Em resposta, a presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, desmentiu categoricamente que exista qualquer impedimento municipal ou dos SMAS quanto à utilização da água termal nas piscinas. “Isso é tão ridículo que se deveria ver imediatamente que não é verdade”, afirmou. Segundo a edil, o encerramento resulta de falta de capacidade financeira por parte da entidade gestora, herdeira dos prejuízos causados pela falência do BES. Explicou ainda que, mesmo quando surgiu interesse de um privado em explorar a piscina, não houve autorização por parte da atual gestão para avançar com o projeto.

Relativamente às termas, Laura Rodrigues sublinhou que a Câmara tem prestado apoio logístico, nomeadamente com limpezas, mas não pode investir em infraestruturas privadas sem uma definição legal e judicial clara sobre o destino da propriedade. “A autarquia não tem autorização para intervir diretamente. Não sabemos sequer qual será o futuro do equipamento”, esclareceu.

A polémica em torno do encerramento das termas e piscinas não é nova, mas volta a colocar em cima da mesa a necessidade de um plano estratégico para a reabilitação do património termal e turístico do concelho. Enquanto não houver resolução jurídica da insolvência do acionista privado, a gestão destes ativos permanece limitada, tanto para investidores como para o município.