Unidade Local de Saúde do Oeste expande projeto de telereabilitação para a Unidade Hospitalar de Torres Vedras
Os utentes da Unidade Hospitalar de Torres de Vedras irão passar a beneficiar do projeto de Telereabilitação na área da Fisioterapia, iniciado em 2020 na Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha numa parceria com a Clynx Health. A expansão deste projeto inovador irá também proporcionar o acesso aos utentes da região sul da área de abrangência da Unidade Local de Saúde do Oeste.

Recorde-se que o projeto de Fisiotelereabilitação da ULS do Oeste, iniciado em plena pandemia em 2020 na Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha, sob orientação da Fisioterapeuta Coordenadora Leonor Adrião, foi expandido no mesmo ano à Unidade Hospitalar de Peniche. Após alargamento em agosto de 2024 aos Cuidados de Saúde Primários da região norte, o projeto vê agora a sua transferibilidade para a Unidade Hospitalar de Torres Vedras. Prevê-se que o projeto também se estenda aos Cuidados de Saúde Primários da região sul da área de referenciação da ULS Oeste, a breve trecho.
A telereabilitação como abordagem inovadora e sustentável na área da saúde, reduz a pegada de carbono ao diminuir a necessidade de deslocação, promove a eficiência energética através das tecnologias de informação, otimiza o tempo com horários flexíveis e aumenta o envolvimento dos doentes com as sessões personalizadas e gamificadas. Mantendo o foco na centralidade no utente, no seu bem-estar e na sua responsabilização como parte integrante do tratamento, transforma a Fisioterapia da Unidade Local de Saúde do Oeste num exemplo de inovação, responsabilidade ambiental e cuidado com o planeta.
Em cinco anos de implementação do projeto na ULS do Oeste, foram acompanhados 226 utentes, permitindo reduzir a pegada ecológica associada à prestação de cuidados de saúde em cerca de 62.560,2 Km. No que concerne ao grau de satisfação dos utentes, os dados estatísticos recolhidos indicam um grau de motivação de 84% e uma satisfação de 9/10.
A realização de sessões de fisioterapia assíncronas por meio da telereabilitação, utilizando a gamificação, promove melhores resultados em saúde e permite acompanhar um maior número de utentes simultaneamente, reservando a intervenção direta dos fisioterapeutas para casos mais específicos. É adequado para todas as faixas etárias, facilitando uma melhor integração da vida do utente com a intervenção terapêutica.
Na Unidade Hospitalar de Torres Vedras verifica-se a possibilidade de intervir no utente numa fase mais precoce da sua condição clínica, bem como alargar a mais patologias. O principal objetivo é dar resposta às camadas mais jovens da população, permitindo-lhes conciliar os desafiantes horários escolares com o seu tratamento em fisioterapia. A diversificação de patologias a tratar, bem como a possibilidade de se oferecer um regime misto, ou seja, um dia presencial e todos os outros em casa, representa uma evolução deste projeto. Do mesmo modo, observa-se uma redução significativa do absentismo laboral, permitindo que os utentes mantenham suas atividades profissionais enquanto recebem tratamento.
Pretende-se que o utente seja acompanhado diariamente pelo fisioterapeuta através da plataforma, com uma prestação de cuidados personalizados, seguros e confiáveis, com possibilidade de ajustar o plano terapêutico de acordo com o feedback dado pelo utente. No final do plano de exercícios, o utente é reavaliado para ajuste da decisão terapêutica ou alta, assim como para entrega do sensor de movimento à instituição.
Desta forma, o projeto de Fisiotelereabilitação da ULS Oeste tem um grande potencial de replicação nacional e internacional, correspondendo efetivamente a uma das melhores políticas públicas de inovação e práticas digitais sustentáveis.