“Lollipop” homenageia a vinha e o vinho na rotunda de Montengrão
Foi apresentada no passado dia 6, em Montengrão, freguesia da Ventosa, a escultura “Lollipop”, da autoria de Nuno Vasa. A cerimónia contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, do presidente da Junta de Freguesia da Ventosa, Luís Batista, e do próprio autor da obra.

Antes da apresentação oficial, foi realizado um momento para fotografia junto à escultura, localizada na rotunda de Montengrão, na Estrada Municipal 505, uma zona estratégica que liga três das principais adegas do concelho: AdegaMãe, Almiara e Adega Cooperativa da Ventosa.
A sessão de apresentação decorreu na sede da Associação da Comissão de Festas de Montengrão, onde foi celebrada a ligação histórica e identitária do território à vinha e ao vinho.
Luís Batista, presidente da Junta de Freguesia da Ventosa, destacou o carácter simbólico da obra enquanto homenagem a todos os empresários e vitivinicultores que, ao longo dos anos, têm contribuído para afirmar a Ventosa como uma das maiores freguesias produtoras de vinho do país. Destacou ainda a paisagem local “muito bem cuidada”, que se assemelha a “um verdadeiro jardim”, e agradeceu à autarquia o embelezamento da rotunda com a nova escultura, considerando que “está muito digna”.
Já a presidente da Câmara, Laura Rodrigues, sublinhou que a arte em espaço público deve ser valorizada pelo seu significado e impacto comunitário. A autarca recordou que a escultura começou a ser pensada em 2018, quando Torres Vedras foi, em conjunto com Alenquer, Cidade Europeia do Vinho – um ano que, segundo afirmou, foi determinante para o crescimento do enoturismo no concelho. Referiu também que a obra foi colocada naquele local por ser a freguesia mais representativa da vitivinicultura no concelho, e destacou a importância desta atividade como base sólida da economia local.
Apesar de lamentar que os vinhos portugueses ainda não tenham o mesmo rendimento dos seus congéneres europeus, expressou esperança numa valorização futura do setor.
O artista Nuno Vasa partilhou com o público o processo de conceção e construção da peça, recorrendo à projeção de um vídeo. Explicou que o nome “Lollipop” se deve à forma dos elementos da escultura, que evocam chupa-chupas estilizados, reunidos para formar um cacho de uvas, num tributo visual à identidade vitivinícola do território.